Denise Alves'

O princípio de uma plataforma suspensa dentro de uma cabina vertical para o transporte de pessoas ou materiais pesados foi descrito pela primeira vez pelo arquiteto romano Vitruvius, no século I a.C. 

A elevação era obtida utilizando-se um contrapeso, que subia e descia sob o controlo de uma roldana movida por uma manivela do lado de fora da plataforma. 

É provável que esses elevadores tenham sido utilizados nas casas romanas com vários andares, onde teriam sido operados por escravos. 

O primeiro elevador conhecido foi o que o rei Luís XV mandou instalar, em 1743, no Palácio de Versalhes. 

Ligava os seus aposentos ao de sua amante, madame de Châteauroux, no andar de baixo. 

Não se sabe o nome do inglês que, em 1800, pensou em utilizar um motor a vapor para mover os elevadores. 

Este motor era instalado no teto e controlava o enrolar e desenrolar do cabo ao redor de um cilindro. 

Em 1851, o americano Elisha Graves Otis (1811-61) inventou um sistema de segurança que impedia que o cabo balançasse, prendendo-o num trilho e bloqueando-o com uma série de garras. 

Isso permitia o uso do equipamento também por pessoas. Para mostrar a eficiência de sua invenção, em 1854, ele mandou cortar o cabo de um elevador que ele mesmo pilotava. O primeiro elevador de passageiros foi inaugurado por ele em 23 de Março de 1857 numa loja de cinco andares em Nova York. 



Em 1867, o francês Léon François Edoux inventou o elevador de coluna hidráulica. 

O mesmo Edoux construiu, em 1889, um elevador de 160 metros de altura para a Torre Eiffel. 

Esses elevadores eram 20 vezes mais rápidos do que os seus predecessores, que trabalhavam com tração. 

Em 1880, a empresa alemã Siemens & Halske utilizou energia elétrica na tração dos elevadores. 

Ele subiu 22 metros em 11 segundos. 

O uso de eletricidade permitiu a introdução de interruptores para controlar o elevador em 1894. 

Fonte:
http://www.voxdei.org.br/invencoes.htm
Denise Alves'


Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.
As características principais deste período são as seguintes :
- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;
- As qualidades mais valorizadas no ser humano passam a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;
- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo).
- A razão e a natureza passam a ser valorizados com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo.
Renascimento Cultural
Durante os séculos XIV e XV as cidades italianas como, por exemplo Gênova, Veneza e Florença, passam a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes começam a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascimento. Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França e Países Baixos.
Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras:
- Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.
obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina.
- Rafael Sanzio (1483-1520) – pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus).
- Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc obras principais :Mona Lisa, Última Ceia.
Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária idéia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar).Copérnico também estudou os movimentos das estrelas.
Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a idéia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galileu fosse perseguido, preso e condenado pela Igreja Católica, que considerava esta idéia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas idéias para fugir da fogueira.
Contexto Histórico
As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual . Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.
Renascimento
O Renascimento, movimento artístico, científico e literário que floresceu na Europa entre o período corresponde à Baixa Idade Média e início da Idade Moderna (do século XIV ao XVI). Os humanistas valorizavam os temas em torno do homem e a busca de conhecimentos e inspiração nas obras da antigüidade clássica.
Os humanistas consideravam a Idade Média um período de “Trevas Culturais”, por terem sido esquecidos os modelos da cultura greco-latina. O pensamento medieval, dominado pela religião, cede lugar a uma cultura voltada para os valores do indivíduo. Os artistas, inspirando-se uma vez mais no legado clássico grego, buscam as dimensões ideais da figura humana e a representação fiel da realidade. Embora grandes admiradores da cultura clássica, os artistas e intelectuais do Renascimento, adquirindo maior confiança na sua própria capacidade, não se limitaram a imitar os modelos antigos passaram a buscar inspiração na natureza que os cercava.
Esse movimento, cujo berço foi a Itália, teve em Florença e Roma seus dois centros mais importantes.
E pode ser dividido em Duocento (1200 a 1299), Trecento (1300 a 1399), Quattrocento (1400 a 1499) e Cinquecento (1500 a 1599).
Duocento e Trecento – No século XIII, o gótico começa a dar lugar para uma arte que resgata a escala humana. São as primeiras manifestações do que, mais tarde, se chamaria Renascimento. A principal característica dessa mudança é o surgimento da ilusão de profundidade nas obras. Em Siena, Duccio da Buoninsegna e, em Florença, Cimabue e sobretudo seu aluno Giotto são os pioneiros desse novo mundo. Nos afrescos de Giotto, na igreja de Santa Croce, em Florença, por exemplo, pode-se ver figuras mais sólidas do que as góticas, situadas em ambientes arquitetonicamente precisos, dando impressão de existência concreta: é o nascimento do naturalismo. No século XIV, escultores como Donatello (o “Michelangelo” do Trecento) aprimoram a técnica.
Giotto da Bondone (1266?-1337?), pintor e arquiteto italiano. Nasce em Florença, estuda com o pintor Cimabue, com quem trabalha também em Roma, e se torna um dos principais artistas de sua época. Os afrescos de Santa Croce e a torre do Duomo são suas principais obras em sua cidade natal. Revoluciona a arte ao conseguir dar expressão e profundidade às figuras humanas.
Quatrocento – No século XV, Piero della Francesca (afrescos na catedral de Arezzo) desenvolve uma pintura impessoal e solene, misturando figuras geométricas e cores intensas. O arquiteto e escultor Filippo Brunelleschi, criador da cúpula do Duomo de Florença, concebe a perspectiva, artifício geométrico que cria a ilusão de tridimensionalidade numa superfície plana. Defende a técnica e seus princípios matemáticos em tratados. A ela aderem artistas como Paolo Uccello (Batalha de São Romano), Sandro Botticelli (Nascimento de Vênus), Leonardo da Vinci (Mona Lisa), Michelangelo (Davi, Moisés e Pietá; teto e parede da Capela Sistina, no Vaticano; cúpula da Basílica de São Pedro). Michelangelo chega a um grau de sofisticação representativa que prenuncia o barroco em suas figuras. Na Bélgica e Holanda, nesse período, surgem os representantes do renascimento flamengo como Jan van Eyck, Hans Memling e Rogier van der Weyden, que desenvolvem a pintura a óleo.
Rafael Sanzio (1483 – 1520), que se destacou por suas Madonas, série de quadros da Santíssima Virgem, diversos painéis nas paredes do Vaticano e várias cenas da História Sagrada, conhecidas com Bíblias de Rafael.
Donatello (1386?-1466), escultor italiano. Donatto di Bardi nasce em Florença, começa como ourives e aos 17 anos aprende a esculpir em mármore. Inicia-se, como assistente, nas portas do batistério de Florença e realiza uma obra imensa. Esculturas como Davi, Madalena e São Jorge estão entre as mais marcantes, por seu poder de produzir tensão emocional.
Leonardo da Vinci (1452-1519), artista, arquiteto, inventor e escritor italiano. Nasce em Florença, se torna aprendiz de Andrea Verrocchio e recebe a proteção de Lorenzo de Medici. Entre 1482 e 1499 vive em Milão, onde pinta o afresco da Última ceia. Em Florença, entre 1503 e 1506, pinta a Mona Lisa. Vive em Roma, entre 1513 e 1517, onde se envolve em intrigas do Vaticano, e decide ir se juntar à corte do rei francês Francisco I. Nos estudos científicos, prenuncia a invenção de peças modernas como o escafandro, o helicóptero e o pára-quedas. Seu Tratado sobre a pintura é um dos livros mais influentes da história da arte. O maior representante do Renascimento, Da Vinci inaugura o antropomorfismo em sua arte e pensamento: “O homem é a medida de todas as coisas”.
Michelangelo Buonarroti (1475-1564) escultor, pintor, poeta e arquiteto italiano. Nasce em Caprese, estuda em Florença e ganha a proteção de Lorenzo Medici. Em Roma, aos 23 anos, inicia a Pietá. De volta a Florença, esculpe Davi e pinta A Sagrada Família. Em 1508 começa a pintar sozinho os afrescos do teto da Capela Sistina, trabalho que dura quatro anos. Em 1538 pinta a parede do Juízo Final, na mesma capela. Oito anos depois, projeta a cúpula da Basílica de São Pedro. Ao mesmo tempo, retoma a Pietá e esculpe também a Pietá Palestrina e a Pietá Rondanini.
Cinquecento  Em Veneza, no século XVI, com pintores como Tintoretto, com sua grandiosidade, Ticiano, com seu uso de cores, Veronèse, com seu senso espacial, e Giorgione, com sua expressividade, começa a última fase do Renascimento. Abandonam a primazia da forma sobre a cor e a perspectiva rigorosa. Na Espanha, influenciado por Tintoretto, El Greco (pseudônimo de Domenico Theotokopoulos) alonga as figuras, usa cores mais expressivas e contrastes dramáticos de luz e sombra (O enterro do conde de Orgaz). Na França, além do maneirismo (o naturalismo levado ao máximo de detalhes e efeitos) da Escola de Fontainebleau, destacam-se os retratos alegóricos de François Clouet (Diana).
Na Holanda, Pieter Bruegel cria uma rica pintura narrativa, documentando costumes de época (Caçadores na neve), e Hieronymus Bosch pinta figuras oníricas, em cenários fantásticos, repletos de simbolismo (O jardim das delícias terrenas). Na Alemanha, surge uma pintura mais clássica, próxima do renascimento romano-florentino. O grande mestre é Albrecht Dürer, que influencia Lucas Cranach, Albrecht Altdorfer, Matthias Grünewald e os dois Hans Holbein, pai e filho.
Jacopo Robusti Tintoretto (1518-1594), pintor italiano. Nasce em Veneza. Pouco se sabe de sua vida. Em 1564, pinta cenas do Velho Testamento no teto da irmandade de San Rocco, da qual é membro. Influenciado por Michelangelo e Ticiano, experimenta composições grandiosas e efeitos de luz que influenciam a arte posterior. Revoluciona a forma narrativa, modificando a hierarquia clássica das histórias religiosas.
Pré-Renascimento
Desde o século XIII, surgem manifestações precursoras do espírito humanista que marcará o Renascimento. O processo de depuração da teologia se deve a Santo Tomás de Aquino, cuja filosofia incorpora conceitos de Aristóteles; Francesco Petrarca, no Cancioneiro, glorifica o amor na sua poesia lírica e fixa a forma do soneto; Dante Alighieri faz a síntese da alma medieval com o espírito novo; Giovanni Boccaccio, no Decamerão, faz impiedosa radiografia da sociedade de seu tempo.
Outros nomes importantes nessa fase de transição: os poetas franceses Guilherme de Orleãs, de delicado lirismo, e François Villon, cujo Grande testamento é um amargo testemunho sobre a condição humana nessa época; e Geoffrey Chaucer, cujos Contos de Canterbury, em versos, sintetizam os costumes e a cultura ingleses do século XV.
Dante Alighieri (1265-1321) nasce em Florença e por questões políticas é obrigado a se exilar, morrendo em Ravena. Em Sobre a língua do povo, escrita em latim para os eruditos da época, Dante defende o uso do italiano nas obras poéticas. E é nessa língua que ele escreve a Divina Comédia, considerada a primeira obra da literatura italiana. Esse relato, de uma viagem imaginária pelo inferno, purgatório e paraíso, é uma alegoria do percurso do homem em busca de si mesmo.
Giovanni Boccaccio (1313-1375) é filho de um mercador da região da Toscana, Itália. Seu pai o faz estudar em Nápoles e Florença. Boccaccio lê os clássicos latinos e escreve poesias. Decamerão, escrito em prosa, traz cem histórias curtas contadas por três moças e sete rapazes que se refugiam no campo para fugir da peste negra. Nas histórias se chocam os valores cristãos e o espírito libertino, sinais da transição para o renascimento.
Literatura Renascentista
Marcada pela consolidação do capitalismo mercantilista (século XV a meados do século XVI), é muito livre em relação às imposições morais, levando a uma atitude de epicurismo e busca de uma moral naturalista. Nasce uma atitude antropocentrista, semelhante à da Antiguidade clássica, em oposição ao teocentrismo medieval. A natureza é o modelo básico para o conhecimento humano.
A influência greco-romana está presente nos Lusíadas, de Luís de Camões; na poesia pastoral de Angelo Poliziano; nos escritos eróticos de Pietro Aretino; e na lírica do espanhol Jorge Manrique, dos franceses Joachim du Bellay e Pierre de Ronsard, ou dos portugueses Sá de Miranda e Cristóvão Falcão. Aumenta o interesse pela cultura, em seus termos mais abrangentes, no Elogio da loucura, do holandês Erasmo de Roterdã; em O príncipe, de Nicolau Maquiavel, pragmático manual da arte de governar; ou nos romances satíricos de François Rabelais, Gargantua e Pantagruel.
Luís de Camões (1525?-1580), freqüenta a nobreza e os círculos boêmios de Lisboa. Viaja muito, chegando até a Índia e a China, quase sempre a serviço do governo português. Sua obra mais importante, Os Lusíadas (1572), funde elementos épicos e líricos. Mescla fatos da história portuguesa às intrigas dos deuses do Olimpo, que buscam ajudar ou atrapalhar Portugal. Sintetiza duas importantes vertentes do renascimento português: as expedições ultramarinas e o humanismo.
François Rabelais (1493-1553) viaja pelo interior da França como padre e entra em contato com dialetos, lendas e costumes que influenciam sua obra. Em 1530, abandona o hábito e estuda medicina. A epopéia de Pantagruel e seu pai Gargantua, gigantes de apetites imensos, critica a estagnação medieval, atacando a igreja, a cavalaria e as convenções e é considerada obscena, na época, devido à expressão dos instintos.
Arquitetura Renascentista
Caracterizou-se pelos grandes monumentos e pelas construções de grande porte, destacando-se a Catedral de São Pedro, em Roma, obra magestral do arquiteto italiano Bramante (1444 – 1514), da qual também participaram o pintor Rafael e o arquiteto Michelangelo, autor da grandiosa Cúpula dessa Igreja.
A escultura Renascentista
Teve em Michelangelo sua maior expressão. Dentre suas óbras destacam-se: David, Moisés e Pietá. Neste campo também sobressaíram Donatello (1386 – 1466), autor da primeira estátua eqüestre de caráter monumental; Guiberti (1378 – 1455), que lavrou as portas de bronze do batistério de Florença; e Gian Lorenzo Bermini (1598 – 1680).
O renascimento Científico
O Renascimento trouxe à ciência um notável desenvolvimento, sobretudo com a introdução dos métodos experimentais de pesquisa, em oposição aos estudos teóricos da Idade Média.
Nessa época, a teoria geocêntrica , sistematizada por Cláudio Ptolomeu , segundo a qual a Terra era considerada o centro do Universo, foi refutada por Nicolau Copérnico (1473 – 1543). Este astrônomo polonês provou ser o Sol, e não a Terra, o centro do sistema planetário, estabelecendo a teoria heliocêntrica.
Pouco mais tarde, outro astrônomo, o alemão Johann Kepler (1571 – 1630), aperfeiçoou a teoria de Copérnico, ao descobrir ,graças a minuciosos cálculos, que os planetas descreviam órbitas elípticas em torno do Sol, em não circulares, como afirmava o polonês.
O italiano Galileu Galilei (1564 – 1642), foi quem introduziu e difundiu a luneta na Itália. Galileu descobriu os satélites de Júpiter e os anéis de Saturno.
Na medicina também houve grandes progressos. O médico espanhol Miguel de Servet descobriu a pequena circulação entre o coração e os pulmões; o francês Ambroise Paré (1517 – 1590) combateu o uso do fogo e do azeite quente no tratamento das feridas ocasionadas por armas de fogo; e o alemão Paracelso estudou a aplicação de drogas medicinais.
Renascimento na Espanha
Um dos maiores representantes do Renascimento na Espanha foi Lope de Vega, o fundador do teatro espanhol.
Na Literatura espanhola, o grande destaque cabe a Miguel de Cervantes (1547 – 1619), autor de D. Quixote de La Mancha, considerada até nossos dias a melhor novela escrita, onde o autor critica irônicamente os costumes medievais.
Renascimento em Portugal
A maior figura do Renascimento em Portugal foi, sem dúvida, o poeta Luís Vaz de Camões (1524 – 1580), autor da epopéia Os Lusíadas, extensa narrativa em versos da história de seu país, desde sua formação até a descoberta do caminho para as Índias, por Vasco da Gama.
Na Arquitetura, surgiram grandes obras como o Mosteiro dos Jerônimos, construído no reinado de D. Manuel em comemoração à descoberta do caminho marítimo para as Índias, e a Torre de Belém, construída às margens do Rio Tejo.

Denise Alves'
                                                        
                                                Barbie Arquiteta!



Como parte de uma série de bonecas temáticas, cada uma representando uma carreira diferente, a famosa boneca de Barbie, de 52 anos – fabricada pela Mattel, acaba de ganhar uma versão arquiteta.



A edição de arquiteta da boneca inclui óculos de aro preto, um capacete, um pequeno modelo de uma casa cor-de-rosa, um vestido com estampa de arranha-céu e um transportador de documento cilíndrico, contendo cópias azuis. 


Desde a sua estréia, em 1959, a Barbie tem acumulado um currículo impressionante, com mais de 120 cargos, que vão de babá a astronauta, passando por bailarina, executiva, cirurgiã, ginasta, paleontóloga, bombeira e modelo. 


LINK:
www.bdonline.co.uk/news/mattel-reveals-architect-barbie


Fonte: Arqbacana.com



É mais uma prova que nossa profissão é valorizada a cada dia que passa, onde as crianças ficam cientes da profissão de arquiteto!



Denise Alves'
A maioria das mulheres arquitetas já ouviram falar de algumas dessas estórias de horror: enquanto Mies van der Rohe era elevado ao panteon dos mestres modernistas, Lilly Reich morria na pobreza e no anonimato; ou Le Corbusier vandalizando o décor da Casa E-1027, de 1929, opera prima de Eileen Gray no sul da França; ou ainda Robert Venturi aceitando receber o Prêmio Pritzker de 1991 enquanto sua esposa e sócia Denise Scott Brown não era sequer mencionada [went all but unrecognized].


Entre as pioneiras mulheres arquitetas, figuram a irlandesa Eileen Gray,
à esquerda, e a alemã Lilly Reich, à direita.
Crédito: B. Abbott / Commerce Graphics in www.nytimes.com
Entre as pioneiras mulheres arquitetas, figuram a irlandesa Eileen Gray,
à esquerda, e a alemã Lilly Reich, à direita.


Casa E-1027 (1929); Arquiteta Eillen Gray: vandalizada por Le Corbusier.
Crédito: JOHNSON, J. Stewart. Eileen Grey: designer 1879 - 1976. Nova Iorque, 1979.
Casa E-1027 (1929); Arquiteta Eillen Gray: vandalizada por Le Corbusier.


Mural pintado por Le Corbusier, em 1938, na Casa E-1027.
Crédito: JOHNSON, J. Stewart. Eileen Grey: designer 1879 - 1976. Nova Iorque, 1979.
Mural pintado por Le Corbusier, em 1938, na Casa E-1027.


Le Corbusier diante da cabana construída
no terreno da Casa E-1027.
Crédito: Le Corbusier: une encyclopédie. Paris: 1987.
Le Corbusier diante da cabana construída
no terreno da Casa E-1027.


Denise Scott-Brown.
Crédito: Frank Hanswij in www.upenn.edu
Denise Scott-Brown.

Women in Modernism, um colóquio montado em outubro ultimo pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, procurou estabelecer [sought to take] uma apreciação mais positiva [a more positive look] sobre o papel que as mulheres desempenharam na História da Arquitetura. Num debate conduzido por Gwendolyn Wright, historiadora da Arquitetura da Universidade de Columbia, os painelistas focaram suas análises nas mulheres que produziram impactos profundos na história do Modernismo, ainda que trabalhando na periferia da profissão.
Capas de alguns dos livros de Esther McCoy.
Crédito: www.allbookstores.com
Capas de alguns dos livros de Esther McCoy.

Entre elas, se incluem figuras negligenciadas como Esther McCoy, cujos escritos apresentaram o Modernismo de Los Angeles a uma geração que ali não enxergava nada além de palmeiras e estrelinhas do Cinema [palm trees and starlets]; ou Elizabeth Mock, uma curadora de Arte e pioneira propositora do estreito relacionamento entre Arquitetura e Meio Ambiente; ou ainda a arquiteta Eleanor Raymond que, associada à inventora Maria Telkes, projetou a primeira residência no país alimentada por energia solar, no final dos anos 40.
Eleanor Raymond (1888-1989),  Maria Telkes (1900-95)
e a Dover Sun House, em Dover, Massachusetts, 1948.
Crédito: Alberto Taveira, intervenção sobre imagens de
www.amazon.com; cr4.globalspec.com & Wide World Photo in web.mit.edu
Eleanor Raymond (1888-1989),  Maria Telkes (1900-95)
e a Dover Sun House, em Dover, Massachusetts, 1948.

Nos últimos anos, obviamente, as mulheres se tornaram mais 'visíveis' no seio da profissão. E esta ascensão produziu sutis impactos na prática profissional, inclusive uma ênfase renovada na 'colaboração' interprofissional, e uma derrubada [breakdown] das tradicionais fronteiras entre arquitetos, paisagistas, designers de materiais e equipamentos [fabric designers] e artistas gráficos.

Mas qualquer que tenha sido a dose de otimismo que os debatedores tentaram arregimentar [to muster] sobre o futuro, deveríamos todos estar desanimados [appalled] com a lerdeza dos avanços [by the pace of progress]. Um estudo recente desenvolvido pela Beverly Willis Architecture Foundation, um dos patrocinadores do colóquio promovido pelo MoMA, enfatiza [underscores] os vários reveses [setbacks] que as mulheres sofreram em sua escalada profissional [in their climb through the professional ranks].

Numa entrevista ao final do colóquio, Ms. Wright descreveu o fenômeno como um 'padrão de avanços e recuos' [a pattern of advance and retreat]."Os dois maiores movimentos feministas da história norte-americana – o da década de 1910 e aquele do final dos anos 60 e início dos 70 – obviamente abriram uma porção de oportunidades para as mulheres" observou. "Mas, em ambos os casos, elas também foram sucedidas por uma reação [backlash], e as estatísticas de participação feminina logo voltaram a despencar [the numbers drop again]. Por exemplo: quando a autoridade dos homens é ameaçada, ou quando acontece uma recessão econômica [economic downtur], as mulheres são as primeiras a perder seus empregos".
Sufragista americanas, em 1914.
Crédito: www.americaslibrary.gov
Sufragista americanas, em 1914.
Os debatedores do MoMA, no entanto, não chamaram a atenção [addressed], suficientemente, para uma das mais evidentes [glaring] questões: por que será que ainda existem tão poucas mulheres no topo mais alto [at the very top] da profissão ?
O símbolo do Women's Lib; militantes protestando no Concurso Miss America 1968 e queimando sutiãs.

As mulheres constituem [make up], aproximadamente, metade de todos os estudantes de graduação em Arquitetura, nos EUA. No entanto, segundo o American Institute of Architects, a associação profissional que congrega os praticantes, elas representavam, em 2006, apenas 13,3% de seus membros, apenas 1,2% a mais que em 1975 e, sob qualquer ponto de vista, um número desanimador [a depressing figure]. Ademais, o número delas que ascendeu ao rol das celebridades internacionais é minúsculo.
Zaha Hadid: a estrela da companhia.
Crédito: www.e-architect.co.uk
Zaha Hadid: a estrela da companhia.

Uma das razões seria o preconceito de gênero [sexism], que as mulheres enfrentam no cotidiano de quase todas as profissões. Neste particular, qualquer estudantezinha [schoolgirl] poderá lhe demonstrar que o equilíbrio entre 'trabalho' e 'vida familiar' ainda está torcido em favor dos homens. Mas os 'territórios' arquitetônicos singularmente machistas, ainda que em processo de rarefação [rarefied and strangely macho precincts of architecture], podem ser particularmente traiçoeiros [treacherous].

Qualquer arquiteto(a) jovem [young architect] com sérias ambições criativas [creative ambition], é rotineiramente cobrado [routinely expected] a trabalhar horas sem fim em troca de uma remuneração modesta [little pay]. O reconhecimento profissional e os bons cargos, encargos e contratos [high-profile commissions] – caso se chegue lá [if they materialize at all] –, só aparecem para os profissionais na faixa dos 50 anos – isto é, muito depois da idade-padrão para se constituir uma família. Não é surpreendente, portanto, que muitos dos mais famosos arquitetos, hoje – já na faixa dos 60 ou 70 anos – tenham dependido, substancialmente, do suporte financeiro de suas esposas, para subir na vida [as they rose through the ranks]. Essas esposas, muitas vezes, administravam seus escritórios [ran their offices], cuidavam dos filhos, e sustentavam lealmente [loyally bolstered] os egos dos maridos. Mas você não vai encontrar seus nomes gravados nos letreiros e nas portas de entrada [on the front door] dos estúdios.
Condomínio residencial High Line 519, na Rua 23, no Chelsea, Nova Iorque.
Arquiteta Lindy Roy, 2007.
Crédito: archidose in www.flickr.com
Condomínio residencial High Line 519, na Rua 23, no Chelsea, Nova Iorque.
Arquiteta Lindy Roy, 2007.



E ainda, se é verdade que, na maioria dos casos, este padrão foi agora suplantado por outro – as parcerias profissionais marido-mulher [husband-and-wife team], trabalhando lado a lado em frente as telas dos computadores –, como isto poderia ajudar uma mulher a lutar seriamente para conseguir se virar por conta própria [striving to make it on her own] ? Quem seriam seus 'modelos inspiradores' [role models] ? Em Nova Iorque, Lindy Roy, Annabelle Selldorf e Winka Dubbeldam são, todas elas, importantes arquitetas que já estão começando a deixar suas 'marcas' na cidade [to leave a mark on the city] sem – devo acrescentar –, maridos para lhes pagar as contas [to balance their books] e acariciar [stroke] seus egos. Mas tais exemplos são poucos e extremos e, mesmo assim, relativamente desconhecidos.
Loja Abercrombie & Fitch, em Nova Iorque.
Arquiteta Annabelle Selldorf, 2005.
Crédito: www.selldorf.com
Loja Abercrombie & Fitch, em Nova Iorque.
Arquiteta Annabelle Selldorf, 2005.

Infelizmente, há poucos motivos para esperar que esta situação melhore no curto prazo. As esmagadoras pressões financeiras e de prazos [overwhelming financial and time pressures] que incidem sobre os arquitetos não mudaram muito, nem tampouco o chauvinismo que as mulheres devem administrar [navigate], desde as advindas dos escritórios dos empreendedores até aquelas oriundas dos canteiros de obras.
Edifício residencial Archi-Tectonics,
no Greenwich Village, Nova Iorque.
Arquiteta Winka Dubbeldam, 2004.
Crédito: emily geoff in www.flickr.com
Edifício residencial Archi-Tectonics,
no Greenwich Village, Nova Iorque.
Arquiteta Winka Dubbeldam, 2004.


Apesar de sua imagem pública de 'reduto progressista' [bastion of progressivism], a Arquitetura é uma profissão em que o telhado de vidro ainda precisa ser bastante riscado e arranhado [scratched], antes que possa ser estilhaçado [must less shattered].
Crédito: Alberto Taveira, intervenção sobre imagem de
J. Howard Miller (1942) in www.answers.com

Fonte: Viverciodade.org.com

Creio que hoje em dia isso tenha mudado, que existem muitas arquitetas competentes espalhadas pelo mundo, cheia de otimas idéias e com criatividade aguçada pra criar, projetar e erguer sonhos, a cada dia estamos sendo valorizadas e conquistando o nosso espaço e este blog é constituido por duas estudantes de arquitetura que almeja concretizar este sonho! 



        
FELIZ DIA DAS MULHERES E ARQUITETAS! 8 MARÇO'

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