Denise Alves'
Na Bienal de Buenos Aires, arquiteto Richard England, de Malta, diz que "delight" é o que diferencia a arquitetura da construção

O arquiteto Richard England, de Malta, ilha do Mediterrâneo em que se fala inglês, foi um dos pontos altos das conferências na Bienal de Arquitetura de Buenos Aires. Nada de obra atrás de obra, nada de um sem-fim de imagens. O que ocorreu foi uma reflexão sobre arquitetura. Concordando ou não com o que England disse, confira algumas frases de efeito que serviram, na prática, para levar a arquitetura ao centro do debate. Ele começou sua apresentação prestando homenagem a Clorindo Testa e à "máquinha de energia" Jorge Glusberg. Leiam e opinem.

- "Delight" é o que, para mim, diferencia a arquitetura da construção;

- É incrível a histeria do ego dos arquitetos. Quanto os arquitetos acham que podem ser úteis? Alguém já ouviu um piloto de avião dizer: "Tenho um problema aqui, há algum arquiteto a bordo?"

- A humanidade precisa de emoção;

- Aprendi a iluminar, a trazer à luz, o não-essencial. A como balancear o vazio e o cheio em um projeto, porque ambos têm importância;

- Estamos na era no "internacional style" e do modernismo. Mas precisamos também olhar para o vernacular: há obras arquitetônicas maravilhosas, feitas por não-arquitetos, e com as quais podemos aprender muito;

- Precisamos aprender a respeitar e a ouvir as vozes do local em que será feita a implantação essa é uma parte essencial do treinamento arquitetônico;

- O maior desafio para os arquitetos é criar uma igreja, tentar criar a sensação do sagrado;

- Para conhecer um lugar, as pessoas primeiro precisam conhecer sua memória;

- Em uma era globalizada, as nossas rotas são mais importantes: nos dizem de onde somos, o que somos e para onde estamos indo;

- Essa é para os estudantes: o que você desenha, fica em você. Porque não se desenha todo o edifício, mas sempre sua essência. Não posso acreditar que haja arquitetos que utilizem apenas computadores;

- A forma não segue a função, mas os sentimentos. Devemos ter mãos que vejam, olhos que sintam.

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